De frente para a Mudança - Fernanda Guimarães

Sendo a vida um constante reinventar-se e redescobrir-se, a mudança faz parte da paisagem cotidiana, onde se debruça o nosso olhar. Apesar disto, quantas vezes não nos flagramos aflitos, diante do novo cenário por onde nossos passos seguirão através do desconhecido?

A mudança é um processo natural da vida, embora teimemos em apenas associá-la a sofrimentos ou grandes dores. Estamos vivendo-a a cada instante. Negá-la ou não enfrentá-la é uma forma de sabotagem pessoal e de adiamento da nossa evolução.

As nossas resistências a mudança podem provocar verdadeiros suicídios diários no nosso processo de aprendizagem. Viver na nossa zona de conforto, sem riscos, é por demais cômodo, mas nos confina e nos limita ao que já sabemos e conhecemos.

Através da mudança é que se propicia o desafio e neste sentido nos expomos às oportunidades, permitindo-nos perceber possibilidades em um novo cenário.

É necessário também que saibamos manter nossos olhares disponíveis aos caminhos que se abrem em nosso entorno, onde as cores não nos são familiares. Precisamos também manter nosso coração aberto à mistura de tons que tão prodigamente o universo inspira.

Diante do novo, o medo é inevitável. O que não podemos permitir é que ele nos paralise, diante do porvir. O medo, desde que bem administrado, é um componente importante que nos mantém alerta com relação ao desconhecido.

Uma atitude comum que adotamos no enfrentamento do novo é querermos repetir posturas ou estratégias que já usamos para solucionar ou equacionar dificuldades. Esquecemos que no mundo do conhecimento e da agilidade das informações, as condutas que em um momento fizeram sentido poderão não mais se adequar àquela situação.

Não podemos esquecer que o sucesso em todas as áreas da nossa vida está intimamente relacionado com a nossa capacidade e talento para resolvermos dificuldades. Sentirmo-nos impotentes ou entregarmo-nos a falta de perspectivas mitiga as nossas chances de sermos felizes. Quando desistimos dos nossos sonhos e desafios perdemos nossa alma.

Assim, abramos os nossos braços para as mudanças, amparados pela intuição e coragem, sem esquecer de escutarmos o nosso coração. Lembremos que, mesmo quando mantemos nosso olhar monocórdico, a voz da vida sempre nos oferece tons  diversos a nossa escolha, para que componhamos a melodia de cada um dos nossos dias.

Fernanda Guimarães
Código do texto: T1237926

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu Comentário