Poema para um Amor - XVI - Fernanda Guimarães


À janela do olhar
A solidão da saudade
Desnuda-me numa ternura explícita
No horizonte em que me perco
O infinito ilumina-se de ti
Nada mais há a ser dito
Enquanto a tarde se desdobra
Colorindo-se de lilases
Presenciando o teu habitar-me

Sempre resta algo de mim
Que teu olhar busca encontrar
Sabes que meu coração
Nunca desperdiçou gestos
Guiando-te ao lado mais real
Onde o afeto, o amor, a emoção
Ignoram a mais pura das lógicas
Deambulo serenamente por teu olhar
E mesmo que ainda não compreendas
Há a memória do sonho
Que sempre me conduz para ti...
  
Fernanda Guimarães
Código do texto: T1277255

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