Ainda ontem, conversava com uma amiga sobre mudança. A simples menção da
palavra, fez com que ela arregalasse os olhos e me perguntasse como eu
estava encarando esse processo tão difícil. Sorri, diante da aflição
daquele rosto que me fitava e pus-me a refletir sobre este “bicho papão”
que assusta adultos de forma cruel.
A mudança é um processo natural da vida, embora teimemos em associá-la a sofrimentos ou grandes dores. Estamos vivendo-a a cada instante.Negá-la ou não enfrentá-la é uma forma de sabotagem pessoal. O não rompimento de alguns paradigmas internos pode provocar verdadeiros suicídios diários nos nossos processos de aprendizagem. “Viver” na nossa zona de conforto, sem riscos é por demais cômodo, mas nos confina a mediocridade do que já sabemos e conhecemos.
Através da mudança é que se propicia o desafio e neste sentido nos expomos às oportunidades, permitindo-nos perceber possibilidades em um novo cenário. Paisagens, onde nossos pés ainda tateiam terrenos em passos escuros e duvidosos, mas que devem ser decididos na curiosidade da descoberta.Precisamos manter nossos olhos disponíveis para trilhar caminhos, onde as cores não nos são familiares. Precisamos manter nossa alma aberta à mistura de tons que tão prodigamente o universo inspira.
Diante do novo, o medo é inevitável. O que não podemos permitir é que ele nos paralise, diante do porvir. O medo, desde que bem administrado, é um componente importante que te mantém alerta com relação ao desconhecido. Entretanto, a fragilidade deve ser apenas um momento passageiro, fruto da nossa insegurança com aquilo que não sabemos ainda como lidar.
Outra postura comum que adotamos no enfretamento do novo é querer repetir posturas ou estratégias que já usamos para solucionar ou equacionar dificuldades. Esquecemos que no mundo do conhecimento e da agilidade das informações, as condutas que em um momento fizeram sentido, poderão não mais se adequar àquela situação.
Não podemos esquecer que o sucesso, em todas as áreas da nossa vida está intimamente relacionado com a nossa capacidade e talento para resolvermos dificuldades. Sentirmo-nos impotentes ou entregarmo-nos a falta de perspectivas mitiga as nossas chances de sermos felizes. Quando desistimos dos nossos desafios, perdemos nossa alma. Devemos, antes de tudo sermos pioneiros de paradigmas, mantendo fôlego para descerrar novas cortinas no palco da vida.
Einstein já dizia: “Se uma idéia, à primeira vista, não lhe parece absurda, não gaste muito tempo com ela”. Portanto, ousemos, abramos nossos braços para as mudanças, amparados pela intuição e coragem, sem esquecer de escutarmos o nosso coração.
© Fernanda Guimarães
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